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Política

Oposição no Senado pede a Alcolumbre encontro separado de governistas 

A reunião com presidente debateria movimento de aliados de Bolsonaro que bloqueia trabalhos no Congresso

Conjuntura Online
06/08/25 às 18h21
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Parlamentares de oposição ocupam Mesa Diretora do Senado em protesto contra a prisão de Jair Bolsonaro (Foto: Kevin Lima/g1)

A oposição no Senado pedirá ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um encontro separado para tratar do movimento do grupo que bloqueia os trabalhos no Congresso.

Os plenários principais da Câmara e do Senado foram ocupados ao longo desta terça (5) por parlamentares de oposição, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegaram a cancelar sessões marcadas para terça.

Os presidentes das Casas também anunciaram a convocação de reuniões com lideranças partidárias para tentar desmobilizar as ocupações.

Nesta quarta, segundo lideranças, Davi Alcolumbre teria sinalizado que o encontro com líderes do Senado ocorrerá às 16h, na Residência Oficial do Senado.

Em uma reunião com parlamentares da oposição, o líder do grupo no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), discutiu a participação efetiva do bloco no encontro. De acordo com ele, no entanto, o grupo decidiu que não atenderá ao chamado de Alcolumbre.

Marinho declarou que, durante a agenda, a oposição decidiu que apenas ele acompanhará o encontro desta tarde.

O líder da oposição no Senado afirmou ao g1 que o grupo pretende sinalizar que aceitará discutir a situação apenas em um encontro separado.

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que há uma sinalização de Alcolumbre de que o encontro com a oposição ocorrerá após a reunião ampliada da Casa.

"Ficou decidido que quem vai, em nome da oposição, sou eu. E vou pedir que ele tenha uma reunião só com a oposição. Nós vamos atender ao convite para dizer que a gente não quer diálogo, a gente quer uma conversa só com a oposição. Os outros líderes não vão", disse Rogério Marinho.

Ao longo dos últimos dias, a oposição vinha cobrando diálogo do presidente do Senado. Em uma coletiva à imprensa, o líder do grupo chegou a afirmar que não conversava com Davi Alcolumbre há mais de 15 dias.

Segundo Marinho, nas últimas horas, o jejum foi interrompido. Alcolumbre, de acordo com ele, conversou com os senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Tereza Cristina (PP-MS).

Deputados e senadores aliados a Bolsonaro têm se revezado para ocupar as cadeiras das mesas em que são conduzidas as sessões das Casas.

Na manhã desta quarta, uma sessão solene do Congresso precisou ser remanejada para um auditório localizado no complexo do Senado.

Nesta terça, parlamentares de oposição anunciaram que travariam os trabalhos no Congresso até que fossem discutidos "caminhos para a pacificação".

O grupo apresentou como pauta uma lista batizada como "pacote de paz". O conjunto contempla:

defesa da aprovação do perdão a condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023;
fim do foro privilegiado;
e a análise de um impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Trabalhos paralisados e senador acorrentado

O movimento de ocupação dos plenários da Câmara e do Senado foi conduzido por parlamentares ao longo de toda a noite de terça e se estende ainda no início da tarde desta quarta.

Ao longo da manhã, uma sessão solene de abertura da cúpula sobre mudanças climáticas com parlamentares da América Latina e do Caribe precisou ser transferida para um auditório distante do edifício principal do Congresso.

No plenário do Senado, o senador Magno Malta (PL-ES) se acorrentou à mesa que comanda os trabalhos da Casa.

O parlamentar tem ocupado o plenário da Casa desde a manhã de terça, antes mesmo do anúncio da mobilização por parte do grupo. Acorrentado, Malta posou para fotos com colegas e segue ocupando o espaço.

Parlamentares da base governista têm criticado a mobilização e alertado para o risco de pautas importantes sofrerem atraso em razão do bloqueio dos trabalhos.

O principal ponto em discussão é a medida provisória que reajusta a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.

O texto já foi aprovado pela Câmara, por meio de um projeto de lei que substitui a MP, mas ainda precisa ser aprovado pelo Senado antes de a MP perder validade, em 11 de agosto.

Questionado nesta quarta sobre a possibilidade de a oposição votar a proposta, o líder Rogério Marinho afirmou que o texto será votado "na hora em que esse diálogo for desobstruído".

"Vai depender mais dele [Davi Alcolumbre] do que da gente", afirmou. (Com g1 - Brasília)

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