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Política

Trump adia início de tarifas no Brasil e no mundo, mercados reagem

Alíquotas recíprocas reajustadas devem entrar em vigor no dia 7 de agosto

Conjuntura Online
01/08/25 às 16h21
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Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca (Foto: Reuters/Kent Nishimura)

Após repetir reiteradamente que o dia 1º de agosto seria o prazo final e inadiável para aplicação do tarifaço, o governo dos Estados Unidos jogou para semana que vem a data em que entrarão em vigor tarifas recíprocas reajustadas por Donald Trump.

Em ordem executiva assinada nesta quinta-feira (31), o republicano impôs alíquotas que variam de 10% a 41% a dezenas de países. O decreto pontua que as taxas entram em vigor sete dias após sua publicação, no dia 7 de agosto, próxima quinta-feira.

O Brasil aparece na lista com uma alíquota recíproca de 10%. Na véspera, quarta-feira (30), o republicano confirmou, já considerando esta taxa base, que iria subir em 40 pontos percentuais a tarifa aplicada contra os importados brasileiros, totalizando 50%.

O decreto desta quinta trata de reajustar as tarifas anunciadas pelo republicano em 2 de abril, que ficou conhecido como Dia da Libertação.

Uma semana mais tarde, porém, Trump anunciou uma pausa de 90 dias ao tarifaço para que os EUA pudessem negociar com seus parceiros comerciais.

O período foi marcado por uma escalada de tensão com a China; o vai e vem de tarifas contra o México e Canadá; acordos vagarosos com o Japão e a União Europeia; e ameaças a países que adotassem posturas anti-americanas, segundo Trump.

A princípio, o tarifaço voltaria a vigorar em sua plena magnitude no começo de julho. Naquela época, o republicano começou a sinalizar o andamento de algumas tratativas, novamente adiando a entrada em vigor das alíquotas.

Como todo episódio de instabilidade provocado pela guerra comercial de Trump, este também abalou com o movimento dos mercados.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira (1º), após o presidente dos EUA, Donald Trump, emitir decreto impondo tarifas para dezenas de parceiros comerciais.

Liderando as perdas na Ásia, o índice sul-coreano Kospi sofreu um tombo de 3,88% em Seul, a 3.119,41 pontos, em sua maior queda diária em quatro meses, enquanto o Hang Seng caiu 1,07% em Hong Kong, a 24.507,81 pontos, o Nikkei recuou 0,66% em Tóquio, a 40.799,60 pontos, e o Taiex registrou baixa de 0,46% em Taiwan, a 23.434,38 pontos.

Na Europa, as ações atingiram a mínima de três semanas nesta sexta-feira, ao final de uma semana movimentada, com os investidores preocupados com o impacto das tarifas dos EUA, incluindo uma taxa de 39% sobre a Suíça.

O índice de referência caiu 4,4% em relação ao pico de segunda-feira (28), quando ficou a apenas 1,8% da máxima histórica de março, impactado pela queda recorde das ações da Novo Nordisk após um alerta de lucro e enquanto os investidores avaliavam as implicações do acordo comercial entre EUA e UE.

O DAX, blue chip da Alemanha, caiu 1,1%, enquanto o OMXC, da Dinamarca, caiu 2,8%, atingindo a mínima em quase dois anos.

Entre as ações individuais, a italiana Campari foi a que mais subiu no índice Stoxx 600, valorizando-se 8,6% após reportar um aumento no lucro operacional do segundo trimestre.

A IAG, proprietária da British Airways, ganhou 2,1% após relatar lucros trimestrais melhores que o esperado devido à demanda contínua por rotas transatlânticas.

Ações em Wall Street têm forte queda
Wall Street abriu em forte queda nesta sexta-feira, com as novas tarifas dos Estados Unidos sobre dezenas de parceiros comerciais e o balanço fraco da Amazon pesando sobre o sentimento, enquanto um relatório de emprego mais fraco do que o esperado aumentou a aversão ao risco.

O Dow Jones Industrial Average caía 0,79% na abertura, para 43.781,77 pontos. O S&P 500 tinha queda de 0,82%, para 6.287,28 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 1,38%, para 20.830,643 pontos. (Com CNN)

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