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MS quer atrair investimentos da indústria da pesca com cota zero

A pesca esportiva é hoje um dos segmentos que mais cresce no Brasil.

04/06/2019 - 07h40

Campo Grande

Beto e Ane, do programa "Bom de Pesca", fisgaram dourado de 75 cm no Rio Miranda (Foto: Divulgação )

Com a moratória do dourado e a proibição da captura e transporte das demais espécies de peixes das bacias dos rios Paraguai e Paraná por pescadores amadores, a partir de 2020, o governo de Mato Grosso do Sul criou uma política de conservação dos estoques pesqueiros aliada ao desenvolvimento de uma nova alternativa econômica, a da pesca esportiva, hoje um dos segmentos que mais cresce no Brasil.


Ao explanar sobre o assunto durante o 1º Encontro Pesca Cota Zero, realizado de 30 de maio a 2 de junho, no Passo do Lontra Park Hotel – Pantanal de Corumbá -, o secretário-adjunto da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Agricultura Familiar e Produção), Ricardo Senna, afirmou que a nova legislação pesqueira proporcionará o crescimento da pesca e criará oportunidades de novos negócios em várias áreas de produção.


Senna citou o sucesso do torneio de pesca esportiva de Três Lagoas, que reuniu mais de 300 amantes desse esporte de 12 estados, com faturamento de R$ 2 milhões pelo comércio local, e o evento realizado no Passo do Lontra, com lotação do hotel promotor, para falar do potencial do segmento. 


Avaliou que a pesca pode ser integrada aos roteiros turísticos e ter um calendário próprio, abrangendo os principais destinos, como Corumbá, Coxim e Porto Murtinho.


Atrair investidores


“O fomento a pesca esportiva, como medida crucial para repovoamento dos nossos estoques pesqueiros, estimula oportunidades de negócios, inclusive na área de entretenimento, impactando na diversificação da economia regional”, disse o secretário-adjunto. “O papel do Estado, agora, além de criar programas de apoio e geração de renda ao pescador profissional e ao ribeirinho, será o de atrair novos investidores para esse nicho de mercado”, antecipou.


O governo, por meio da Semagro, focará os grandes eventos da pesca esportiva pelo país, como as feiras, para divulgar o potencial pesqueiro do Estado e dialogar com a indústria de equipamentos náuticos e de pesca e vestuário esportivos quanto às oportunidades que se abrem em Mato Grosso do Sul para investimentos. Além de expandir o turismo, segundo Ricardo Senna, o Estado quer atrair novos empreendedores e gerar mais emprego e renda.


Esse cenário otimista se baseia, também, na perspectiva de crescimento interno do turismo náutico com o retorno ao Estado dos milhares de brasileiros que hoje preferem pescar na Argentina, onde a adoção da cota zero recuperou o estoque pesqueiro. Segundo levantamento do Sebrae, o número de praticantes do pesque-solte no Brasil cresceu de 4 milhões para 8 milhões. Em expansão, a pesca esportiva gera R$ 3 milhões de faturamento anual.

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