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Apenas três mulheres e nenhuma negra compuseram o STF 

Entidades cobram que Lula nomeie uma mulher para a vaga de Barroso, mas favoritos no momento são todos homens

Conjuntura Online
15/10/25 às 17h03
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As ministras do STF Ellen Gracie, Cármen Lúcia e Rosa Weber (Foto: Montagem: Carlos Moura/SCO/STF, Antonio Augusto/STF e Rosinei Coutinho/STF)

Após o anúncio da antecipação da aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a ser pressionado por entidades e artistas, como a cantora Anitta, para indicar uma mulher para a vaga.

Ao longo de 134 anos de história, o STF já teve 172 ministros. No entanto, entre eles, apenas três eram mulheres - e nenhuma delas era negra.

A primeira mulher ministra do STF foi Ellen Gracie, nomeada por Fernando Henrique Cardoso em 2000 para a vaga decorrente da aposentadoria do ministro Luiz Octavio Pires e Albuquerque Gallotti. Ela também foi a primeira mulher a presidir a Corte, entre 2006 e 2008.

Única mulher na composição atual, a ministra Cármen Lúcia foi nomeada por Lula para a vaga aberta devido a aposentadoria do ministro Nelson Jobim em 2006. Ela deve se aposentar até 2029, quando completa 75 anos.

Após a aposentadoria de Ellen Gracie em 2011, a presidente Dilma Rousseff escolheu a ministra Rosa Weber para integrar a Corte. Essa foi a última vez que uma mulher foi indicada para o STF. Ela se aposentou em 2023 e foi substituída pelo ministro Flávio Dino, nomeado por Lula.

Entidades da sociedade civil têm feito pressão para que uma mulher ocupe a vaga deixada por Barroso. Em uma carta conjunta, as organizações Fórum Justiça, Themis - Gênero, Justiça e Direitos Humanos e Plataforma Justa afirmaram que "não é por falta de excelentes nomes de mulheres que Lula deixará de indicar uma ministra para a Suprema Corte".

Elas também listaram nomes de 13 possíveis candidatas. Entre as sugestões, há mulheres que já ocupam cargos de destaque, como a presidente do STM (Superior Tribunal Militar), Maria Elizabeth Rocha, e a ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edilene Lobo.

A pressão também é feita por artistas. Anita usou as redes sociais, na terça-feira, 14, para afirmar que tem certeza de que "existem mulheres qualificadas para o cargo no nosso País onde a maioria da população é mulher". "Compartilho com toda esperança", escreveu em seus stories do Instagram.

No entanto, os principais cotados para o cargo são todos homens, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, o senador Rodrigo Pacheco(PSD-MG), o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho. (Com Estadão Conteúdo)

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