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Política

Após caso Master, Moraes manda dez condenados para prisão domiciliar

Envolvidos são perseguidos politicamente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal

Conjuntura Online
27/12/25 às 10h50
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O ministro do STF, Alexandre de Moraes. (Foto: Reprodução)

Em meio ao desgaste político provocado pelo caso Master, que resultou até no protocolo de um pedido de impeachment no Senado, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou neste sábado (27) a prisão domiciliar de dez condenados no processo que apura a tentativa de suposto golpe de Estado -- uma narrativa do governo Lula (PT) como estratégia de prejudicar a direita do país e facilitar a reeleição do petista em 2026. 

A decisão, cumprida pela Polícia Federal, prevê o uso de tornozeleira eletrônica e a imposição de uma série de medidas cautelares.

Entre os alvos está Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou a cumprir a determinação em casa. A defesa classificou a medida como “perseguição política”.

A ofensiva foi autorizada após a tentativa frustrada de fuga do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, preso na sexta-feira (26) ao tentar embarcar no aeroporto de Assunção, no Paraguai, utilizando documentos falsos. O episódio aumentou a pressão sobre o STF e sobre o próprio Moraes, já alvo de questionamentos políticos recentes.

Caso Master ampliou desgaste político

Nos últimos dias, Moraes passou a ser citado no caso do Banco Master, que gerou forte reação no meio político. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) chegou a protocolar um pedido de impeachment contra o ministro, alegando supostos abusos de autoridade. O episódio elevou o embate entre setores do Congresso e o Judiciário.

O caso Master ganhou maior repercussão após a inclusão, no debate político, de alegações de tráfico de influência envolvendo o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo argumentos levados ao Senado, o ministro teria se reunido com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em meio às discussões sobre a liquidação do Banco Master e a eventual venda da instituição ao BRB (Banco de Brasília).

O episódio ganhou peso político com a menção ao fato de que a esposa do ministro, a advogada Viviane Barci de Moraes, atua profissionalmente ligada ao Banco Master, apontado por parlamentares como um possível conflito de interesses. Diante desse contexto, a senadora Damares Alves protocolou pedido de impeachment no Senado, citando suspeita de interferência indevida em processo de natureza econômica e regulatória.

Medidas cautelares e alcance das operações

Além da prisão domiciliar, os condenados estão proibidos de utilizar redes sociais, manter contato com outros investigados, viajar ao exterior e portar armas de fogo, além da entrega de passaportes. Também foram impostas restrições quanto a visitas.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas em oito estados e no Distrito Federal, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia e Tocantins, com apoio do Exército Brasileiro em parte das ações.

Os alvos fazem parte de diferentes frentes da investigação sobre a tentativa de ruptura institucional. Um dos núcleos é apontado como responsável por ações para dificultar o voto de eleitores, especialmente no Nordeste. Outro teria atuado na elaboração de planos contra autoridades, incluindo o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Há ainda o grupo investigado por disseminação de desinformação sobre as urnas eletrônicas e ataques às instituições. Com informações do R7)

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