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Política

Escândalo de corrupção no governo derruba secretário da Previdência

Secretaria-executiva do Ministério da Previdência, antes ocupada por Adroaldo Porta, agora será comandada por Felipe Cavalcante e Silva

Conjuntura Online
18/12/25 às 09h01
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Adroaldo Portal é exonerado do cargo. (Foto: Reprodução)

O avanço das investigações do roubo bilionário em contas de  aposentados e pensionistas do INSS provocou mais um abalo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta quinta-feira (18), o Ministério da Previdência confirmou a exoneração do secretário-executivo Adroaldo Portal, preso pela Polícia Federal no âmbito da operação Sem Desconto, que apura o roubo de pelo menos R$ 6,3 milhões diretamente das contas de beneficiários.

A queda de Portal ocorre em meio a um escândalo que expôs falhas graves de controle, permissividade administrativa e a incapacidade do governo de proteger a renda de aposentados e pensionistas — justamente o público que o PT historicamente diz defender.

A exoneração foi determinada pelo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, após a prisão do auxiliar direto da pasta.

Para tentar conter o desgaste, o governo anunciou o procurador federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico do ministério, como novo secretário-executivo.

Até a última atualização desta reportagem, a demissão e a nomeação ainda não haviam sido publicadas no Diário Oficial da União, ampliando a sensação de improviso diante da crise.

PF avança e expõe esquema estruturado

Adroaldo Portal está entre os alvos da nona fase da operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira com autorização do stf (Supremo Tribunal Federal). A ofensiva mobilizou 52 mandados de busca e apreensão, 16 prisões preventivas e outras medidas cautelares, evidenciando a dimensão do esquema.

As ações ocorrem em São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e no Distrito Federal, indicando que as fraudes não eram pontuais, mas parte de uma estrutura organizada, com ramificações em vários estados e acesso a sistemas oficiais.

Segundo a Polícia Federal, os crimes investigados incluem inserção de dados falsos, organização criminosa, estelionato previdenciário e ocultação de patrimônio — práticas que, na prática, retiraram dinheiro do bolso de aposentados e pensionistas para alimentar um esquema milionário.

Escândalo escancara fragilidade da gestão Lula

A operação Sem Desconto teve início em 23 de abril, em ação conjunta da PF e da CGU (Controladoria-Geral da União). Já na primeira fase, vieram à tona descontos associativos ilegais, realizados sem qualquer autorização dos beneficiários.

Na época, as estimativas iniciais apontavam que o prejuízo poderia alcançar R$ 6,3 bilhões. Até agora, ao menos 18 pessoas foram presas, entre empresários e agentes públicos. O caso se consolidou como um dos maiores escândalos recentes da Previdência, expondo não apenas fraudes financeiras, mas a fragilidade institucional de um governo que enfrenta sucessivos episódios de corrupção e desgaste político.

O episódio amplia o desgaste da gestão Lula, já pressionada por outros escândalos e pela deterioração de estatais, e coloca em xeque o discurso de proteção social do Planalto, justamente quando os prejuízos recaem sobre os mais vulneráveis. (Com informações da CNN)

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