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Suspeito de participar da execução de ex-delegado é morto no PR 

Umberto Alberto Gomes morreu nesta terça (30) em Curitiba após confronto com policiais paranaenses, informou a Polícia Civil de São Paulo

Conjuntura Online
30/09/25 às 12h03
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Umberto Alberto Gomes (Foto: Reprodução)

O oitavo suspeito de participar da execução do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz Fontes foi morto nesta terça-feira (30) durante troca de tiros com policiais no Paraná.

A informação foi confirmada à TV Globo pela Polícia Civil paulista.

Ruy foi assassinado a tiros em uma emboscada no dia 15 de setembro em Praia Grande, na Baixada Santista. Umberto Alberto Gomes tinha 39 anos e era procurado pela polícia de São Paulo por envolvimento no homicídio do ex-delegado.

Ele morreu após confronto com policiais paulistas e paranaenses em Curitiba, capital do Paraná, segundo as forças de segurança de São Paulo. Ele estava escondido num conjunto habitacional popular.

"Comunico que Umberto que estava procurado pelo DHPP [Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa] por ter tido participação na ação da Praia Grande entrou em confronto com equipe da polícia civil do Paraná e com equipe do DEIC [Departamento Estadual de Investigações Criminais] e morreu", informa nota divulgada pela Polícia Civil de São Paulo.

A Justiça tinha decretado a prisão temporária de Umberto, que estava foragido. Segundo a investigação foram encontradas digitais do suspeito numa segunda casa em Mongaguá usada pelos criminosos envolvidos no homicídio de Ruy.

"Um criminoso com passagens por roubo e organização criminosa foi identificado como possível atirador do assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes. Ele fugiu para o Paraná, mas equipes da Polícia Civil o localizaram. Ele resistiu à prisão. Graças a Deus, nossos policiais estão bem", escreveu Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), em suas redes sociais.

Segundo o atual delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, os policiais paulistas foram para o Paraná no sábado (27) em busca de Umberto.

"As diligências perduraram até hoje, e no momento da prisão, esse indivíduo preferiu entrar em confronto com os policiais aqui de São Paulo com o apoio dos policiais do Paraná e foi neutralizado... necessidade de neutralizá-lo para que os policiais saíssem bem", falou Dian.

A defesa de Umberto não foi localizada pela TV Globo até a última atualização desta reportagem.

Quem são os 7 identificados

Até o momento, quatro pessoas foram presas por envolvimento no assassinato de Ruy. Outras três pessoas são investigadas e procuradas.

Felipe Avelino da Silva (foragido), conhecido no Primeiro Comando da Capital (PCC) como Mascherano, teve o DNA encontrado em um dos carros usados no crime;

Flávio Henrique Ferreira de Souza (foragido), de 24 anos, também teve o DNA encontrado em um dos carros;
Luis Antonio Rodrigues de Miranda (foragido) é procurado por suspeita de ter ordenado que uma mulher fosse buscar um dos fuzis usados no crime;

Willian Silva Marques (preso e sem foto), dono da casa em Praia Grande de onde teria saído um fuzil que pode ter sido usado no crime, se entregou à polícia no domingo (21);

Dahesly Oliveira Pires (presa) foi presa na quinta (18) por suspeita de ser a mulher que foi buscar o fuzil na Baixada Santista;

Luiz Henrique Santos Batista (preso), conhecido como Fofão, está envolvido, segundo a polícia, na logística da morte do ex-delegado. Ele teria dado carona para que um dos criminosos fugisse da cena do crime e foi preso nesta sexta (19);

Rafael Marcell Dias Simões (preso), conhecido como Jaguar, foi preso neste sábado (20) após se entregar à polícia em São Vicente, no litoral;

Quem tiver informações que possam levar às prisões dos foragidos pode telefonar para o Disque-Denúncia pelo número 181. Não é preciso se identificar.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os laudos periciais ainda estão em elaboração sobre o caso.

Chefe do PCC é investigado

Além dos suspeitos acima que tiveram as prisões decretadas, o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa também investiga se Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido "Azul" ou "Colorido", teve algum envolvimento no caso.

Ele é apontado como um dos chefes do PCC na Baixada Santista.

Uma das linhas de investigação é a de que o ex-delegado foi assassinado pelo PCC por seu histórico de combate à facção, que comanda o tráfico de drogas no estado e já o ameaçou de morte.

O ex-delegado tinha 64 anos e foi um dos responsáveis pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, uma das principais lideranças do PCC.

A outra hipótese é a de que Ruy possa ter sido vítima de uma emboscada e morto pelo PCC em razão do seu trabalho como secretário da Administração em Praia Grande.

O secretário da pasta da Segurança Derrite disse neste mês à imprensa não ter dúvidas do envolvimento do PCC na execução do ex-delegado.

Isso é um fato. A motivação é que ainda está em aberto, dissew Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo.

De acordo com Derrite, "a dúvida é se a execução foi motivada por combate ao crime organizado durante toda a carreira do delegado ou por conta da atuação atual como secretario na Praia Grande".

A defesa de William Silva Marques afirmou que permanece à inteira disposição da autoridade policial para prestar todos os esclarecimentos necessários no âmbito das investigações em curso e que havia sido agendado depoimento para o dia 18, mas a oitiva foi cancelada pela própria autoridade policial.

"É importante ressaltar que o proprietário não possui qualquer relação com os fatos investigados, tampouco qualquer intenção de se furtar aos esclarecimentos, colocando-se desde já à disposição para contribuir com a elucidação do ocorrido", disse.

A defesa de Dahesly informou que não iria se pronunciar neste momento. Já as defesas dos outros suspeitos não foram localizadas pelo g1. (Com TV Globo e g1 - SP)

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