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Política

Corrupção no INSS atinge até deputados e senadores com descontos associativos irregulares

Deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e senador Jayme Campos (União-MT) afirmam ter percebido os descontos após operação da Polícia Federal

Conjuntura Online
12/05/25 às 19h03
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Deputado Paulinho da Força e senador Jayme Campos (Foto: Reprodução)

Aposentados do INSS, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade), de 69 anos, e o senador Jayme Campos (União-MT), de 73 anos, afirmam terem sido vítimas de desconto associativos irregulares em seus benefícios

À CNN, ambos relataram só terem percebido os pagamentos irregulares após a operação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) que mirou um esquema ilegal de descontos de aposentadoria e pensões, em 23 de abril.

Os dois são signatários do pedido de criação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar as fraudes envolvendo o desconto irregular na folha de aposentados.

Presidente do Solidariedade, Paulinho da Força disse que seus descontos ocorriam há pelo menos dois anos. No contracheque que o parlamentar enviou à reportagem, consta uma contribuição ao Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical) de R$ 81,57.

O Sindinapi é ligado à Força Sindical, mas desde 2023 é comandado por Milton Cavalo, que é dirigente do PDT e aliado do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, presidente do PDT. Em 2024, Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assumiu como vice na entidade. Paulinho da Força faz oposição ao atual grupo que comanda a Sindnapi.

“Eu só fui verificar o desconto após sair na imprensa. Nunca tinha percebido, mas os descontos acontecem há dois anos”, disse o parlamentar, afirmando que trabalha para emplacar a CPMI da Fraude do INSS.

Por sua vez, o senador Jayme Campos disse que seus descontos feitos Pela Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionista (CAAP) começaram em março do ano passado, no valor de R$ 77,86 mensais. Neste ano, a cobrança, que ele diz não ter autorizado, passou para R$ 81,57, superando R$ 1 mil.

“Já tinha assinado o pedido da CPMI, independentemente de saber do meu desconto. É um absurdo lesar o aposentado. Eu, que tenho informação, nunca me preocupei em olhar. Foi após a operação que meu contador foi verificar e encontrou os descontos. É desonestidade, é um escândalo no país inteiro”, disse o senador.

O parlamentar falou sobre o assunto pela primeira vez durante reunião da Comissão de Assuntos Sociais do Senado na última quarta-feira (7).

Para o parlamentar, as fraudes são um “escárnio” e os responsáveis devem ser punidos. O requerimento para a criação do colegiado é articulado pela oposição no Congresso e ainda não foi oficialmente apresentado.

Conforme investigações da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União), entidades realizavam descontos não autorizados na folha de aposentados. As fraudes no INSS podem chegar até R$ 6 bilhões, segundo a investigação. (Com CNN)

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