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Política

"Não recuamos”, diz Nelsinho Trad após missão aos EUA 

Senador avalia como avanço a retirada de combustíveis, celulose, minério e outros itens da lista de taxação de Trump

Conjuntura Online
31/07/25 às 08h54
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Nelsinho considera positiva ida de comitiva aos EUA (Foto: Reprodução)

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) voltou dos Estados Unidos com a sensação de que a viagem da Comissão de Relações Exteriores do Senado “cumpriu seu dever”.

Em entrevista, ele destacou que a missão liderada por ele conseguiu abrir diálogo com autoridades e empresários americanos e, na prática, conquistou um resultado importante: a exclusão de 694 produtos brasileiros da ordem executiva do presidente Donald Trump, que previa uma tarifa extra de 50% sobre todos os itens do Brasil.

“Não recuamos. Por ora, temos isenção para uma grande quantidade de itens. São combustíveis, suco de laranja, fertilizantes, celulose, minério, aeronaves – incluídos motores e componentes – e energia, entre outros. Ainda temos impasse com o café, frutas e carnes, que continuam na tabela do tarifaço. Mas a isenção para o ferro-gusa e a celulose, por exemplo, é um avanço que nos dá a certeza do dever cumprido”, afirmou Trad.

O senador lembrou que os avanços foram obtidos mesmo diante da resistência do governo americano em negociar. “Foram erguidos grandes obstáculos, o que demonstra o desinteresse inicial dos EUA em dialogar com o governo brasileiro. Mas conseguimos abrir espaço”, disse.

Durante três dias em Washington, os senadores se reuniram com parlamentares e empresários para tentar reduzir o impacto do tarifaço, que agora foi adiado para começar em 6 de agosto, ganhando sete dias extras para novas negociações.

Segundo a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), celulose e ferro-gusa representam 36,6% das exportações do Estado para os EUA, somando US$ 115,3 milhões neste ano. Já a carne bovina, que sozinha responde por 45,2% das vendas, continua sendo o maior desafio para o setor produtivo, pois segue na lista tarifada.

Para a Fiems, a lista de isenção e o adiamento do prazo indicam que há espaço para novas rodadas de negociação. “Saímos de Washington com a certeza de que essa luta ainda não acabou, mas demos um passo importante para proteger nossa economia”, concluiu Nelsinho.

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