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Política

Pressão pelo impeachment de Moraes cresce no Senado

Pelo menos 38 parlamentares já apoiam o requerimento do pedido de afastamento do ministro ligado à esquerda

Conjuntura Online
06/08/25 às 10h28
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O ministro Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação)

A pressão política contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ganhou novo fôlego no Senado. Um “placar atualizado” com o posicionamento dos senadores sobre o pedido de impeachment do magistrado mostra que 38 parlamentares já se declararam favoráveis à medida, enquanto 19 são contrários e 24 permanecem indefinidos.

O levantamento, divulgado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) nas redes sociais, foi baseado em dados do site votossenadores.com.br, criado em 2024 por grupos de oposição ao STF.

Para que o processo de destituição do ministro, que é ligado à esquerda, avance, são necessários 54 votos favoráveis — o equivalente a dois terços da composição da Casa.

Moraes é acusado de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, incluindo parlamentares, influenciadores digitais e simpatizantes. A ideia do ministro é enfraquecer a direita no país na tentaiva de manter o presidente Lula (PT) no poder. 

Articulação política e protestos ganham força

A articulação contra o ministro Alexandre de Moraes se intensificou após ele ser alvo de sanções dos Estados Unidos, com base na Lei Magnitsky — que bloqueia transações com instituições financeiras norte-americanas. O episódio reacendeu críticas à sua atuação no inquérito que investiga Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe e no caso dos atos de 8 de janeiro.

A pressão aumentou ainda mais na segunda-feira (4), quando Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, sob acusação de descumprimento de medidas cautelares. A decisão gerou forte reação da base bolsonarista e foi usada como combustível para reforçar o discurso de perseguição política e impulsionar os pedidos de impeachment no Senado.

Quem já se posicionou

Entre os nomes favoráveis estão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Sergio Moro (União-PR), Rogério Marinho (PL-RN), Marcos Rogério (PL-RO), Damares Alves (Republicanos-DF), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Tereza Cristina (PP-MS) e Eduardo Girão (Novo-CE).

? Contra o impeachment: 19 senadores

Do outro lado, estão nomes ligados ao governo federal e partidos de esquerda, como Jaques Wagner (PT-BA), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Leila Barros (PDT-DF) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) — atual presidente do Senado.


? Indefinidos: 24 senadores

Entre os indecisos estão figuras influentes, como Renan Calheiros (MDB-AL), Davi Alcolumbre (União-AP), Romário (PL-RJ), Ciro Nogueira (PP-PI) e Soraya Thronicke (Podemos-MS). O grupo ainda pode mudar o equilíbrio de forças nas próximas semanas, caso a pressão política aumente.

O que falta para o impeachment avançar

Apesar do número expressivo de senadores favoráveis, o pedido ainda não atingiu o mínimo necessário para ser apreciado pelo plenário. Além disso, a abertura do processo depende de decisão do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, que até o momento não sinalizou apoio à tramitação.

Segundo a Constituição, a abertura de impeachment de ministros do STF deve seguir o mesmo rito previsto para o julgamento de presidentes da República, com aceitação pela Mesa Diretora, formação de comissão especial e votação em plenário. (Com R7)

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