Em busca de não ser extraditada para o Brasil, a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) se aproximou, antes mesmo de ser presa, de parlamentares conservadores italianos.
O objetivo foi sensibilizá-los para que responda a uma condenação na Itália, não no Brasil.
Segundo relatos à CNN, um dos focos da deputada brasileira foi o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini.
Braço direito da primeira-ministra Giorgia Meloni, Salvini já foi ministro do Interior e é hoje o integrante da equipe de governo com mais ascendência sobre Meloni.
O italiano tem boa relação com a família Bolsonaro e deve visitar nesta quinta-feira (31) Zambelli na prisão, em Roma.
Na Itália desde junho, a deputada licenciada aproveitou o período para reforçar a crítica no âmbito internacional ao Supremo Tribunal Federal.
Como revelou a CNN, a mãe da deputada licenciada chegou a enviar uma carta para a primeira-ministra italiana.
Zambelli foi presa nesta terça-feira (29) e agora tenta conseguir o status de exilada política, apesar de o governo brasileiro já ter dado início ao processo de extradição.
Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos, em 2023.
A defesa da brasileira utiliza três argumentos para a sua permanência na Itália: perseguição política, estado de saúde frágil e cidadania italiana. (Com CNN)