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Haddad apresenta proposta de revisão da dívida de estados na próxima semana

O Regime de Recuperação Fiscal foi criado em 2017 para fortalecer os estados com grave desequilíbrio financeiro

20/03/2024 - 17h39

Brasília 

Com CNN

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva em Brasília (Foto: Adriano Machado/Reuters )

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai apresentar aos estados que estão no RRF (Regime de Recuperação Fiscal) uma proposta para negociação da dívida que eles têm com a União na próxima semana.


Segundo o chefe da Economia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já aprovou os termos elaborados pela pasta.


“Esta é a quarta reunião que a gente faz sobre a questão da dívida com o presidente. Na semana que vem, nós vamos ter uma reunião, nós vamos apresentar a proposta da reunião com os governadores. Já tem o aval do presidente. Eu penso que dia 26 já está pré-agendada [uma reunião] com os governadores”, disse à imprensa ao chegar na sede da Fazenda.


O Regime de Recuperação Fiscal foi criado em 2017 para fortalecer os estados com grave desequilíbrio financeiro com os instrumentos para o ajuste de suas contas. Para ter acesso ao empréstimo, estados interessados precisaram garantir investimentos e pagamentos dentro do prazo.


Atualmente, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados que aderiram à lei e tentam desde o início do ano passado renegociar as dívidas com o governo.


Um dos argumentos é que a Lei Complementar 194, sancionada em julho de 2022 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), – que limitou a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, energia e telecomunicações – inviabilizaria a execução dos pagamentos à União.


Outra demanda é a revisão das taxas de juros nos contratos das dívidas. A proposta seria a redução da atual conta do nível inflação mais 4% para o valor fixo de 3%.


O estado de São Paulo também deve participar das negociações. Apesar de não estar no RRF, o ente possui uma dívida de cerca de R$ 278 bilhões com a União e tenta alterar o indexador dos juros pagos aos cofres públicos.

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