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Bolsonaro diz que STF "impôs estado de sítio ao Brasil"

"O Supremo decidiu que as competências são concorrentes. A palavra é bonita, mas quem decide no fim não sou eu, é o prefeito"

04/03/2021 - 17h02

De Brasília 

Presidente Bolsonaro (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro reclamou do STF (Supremo Tribunal Federal) mais uma vez e afirmou nesta quinta-feira que a corte deu a prefeitos "superpoderes" para fechar comércio e restringir circulação que, na visão dele, só existiriam em um estado de sítio.


Medidas restritivas como fechamento de comércio vem sendo adotadas desde o ano passado em Estados e municípios de todo o Brasil numa tentativa de frear a disseminação da Covid-19, doença que já matou quase 260 mil pessoas no Brasil, mais de 1.900 delas entre terça e quarta-feira. Bolsonaro é crítico dessas medidas.

"O Supremo decidiu que as competências são concorrentes. A palavra é bonita, mas quem decide no fim não sou eu, é o prefeito. Se o governador não quiser fechar é o prefeito que decide", reclamou Bolsonaro ao conversar com apoiadores em Uberlândia (MG), onde desceu para viajar a São Simão (GO), onde inaugura um trecho da ferrovia norte-sul.


"Deram superpoderes que só no estado de sítio existe. E assim mesmo não é decisão do presidente. O presidente baixa um decreto e o Congresso que vai decidir se vale ou não estado de sítio. Impuseram estado de sítio no Brasil via prefeituras. Isso está errado. Estamos preocupados com mortes, sim, mas sem pânico. A vida continua", continuou.


Bolsonaro, até hoje, voltou suas baterias contra os governadores, a quem responsabilizava pelos decretos de restrição de circulação para frear o coronavírus. Na semana passada, voltou a ataque contra os Estados, divulgando dados distorcidos de repasses federais aos entes e insinuando que a maioria seria para a combate à Covid-19, levantando suspeitas de como haviam sido usados.


A reação dos governadores foi dura e, em uma carta assinada por 19 dos 27, acusaram Bolsonaro de criar conflitos e distorcer informações.


Nos últimos dias, o presidente voltou as acusações aos prefeitos, a quem agora diz serem os responsáveis pelas políticas de quarentena.

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