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Esportes

Em casa, Brasil é favorito a pódio inédito no Mundial de ginástica rítmica

O conjunto brasileiro sobe patamares nos últimos anos e chega ao Mundial do Rio de Janeiro como forte candidato à medalha

Conjuntura Online
20/08/25 às 10h51
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Brasileiras vibram com ouro no conjunto geral da Copa do Mundo de ginástica rítmica, em Milão (Foto: Andrea Diodato/NurPhoto via Getty Images)

Uma medalha em um Mundial de ginástica rítmica parecia um sonho distante para o Brasil há não muito tempo. O pódio inédito tem boas chances de chegar para o conjunto verde-amarelo justamente no primeiro Mundial em casa.

O quinteto brasileiro entra em quadra no Rio de Janeiro como favorito a um posto de medalhista. Um status conquistado graças aos bons resultados da temporada 2025, figurando entre os melhores conjuntos do ranking). Bárbara Domingos e Geovanna Santos são as representantes do país nas disputas individuais e brigam por vagas nas finais,

Consistência no pódio em 2025
O conjunto principal do Brasil disputou uma etapa de Copa do Mundo e uma etapa Challenge do Circuito Mundial neste ano. De seis medalhas possíveis, conquistou quatro ouros e um bronze, com direito a dois títulos inéditos na prova geral, a que soma as duas séries e a única presente nas Olimpíadas. O quinteto verde-amarelo só teve falhas significativas em uma das oito séries que apresentou na temporada. É essa consistência que coloca as comandadas da técnica Camila Ferezin entre as líderes do ano.

Medalhas do Brasil em 2025
????Ouro da prova geral no Challenge de Portimão (título inédito)
????Ouro da prova simples (5 fitas) no Challenge de Portimão
????Ouro da prova mista (3 bolas e 2 arcos) no Challenge de Portimão
????Ouro da prova geral na Copa do Mundo de Milão (título inédito)
????Bronze da prova de mista (3 bolas e 2 arcos) na Copa do Mundo de Milão

O time B do Brasil também deu show no Campeonato Pan-Americano, conquistando os três ouros em disputa. O conjunto júnior conquistou duas pratas inéditas no Mundial da categoria.

Favorito ao pódio, candidato ao título
Na ginástica rítmica não existe um ranking oficial, mas é possível tabelar os resultados nas principais competições internacionais do ano. E o Brasil aparece bem nessa lista. Tem a terceira melhor nota na prova simples (cinco fitas), com 26,700 pontos, e a quinta melhor na prova mista (três bolas e dois arcos), com 27,500 pontos.

Na soma das duas notas, que é a prova olímpica, o Brasil tem 54,200 pontos. É o terceiro maior somatório potencial, atrás da Espanha (54,900) e da Bulgária (54,800). Vale ressaltar que o Brasil é o único dos três que alcançou as melhores notas em cada aparelho no mesmo dia, como pede a prova olímpica. Nesse ranking, o Brasil só fica atrás da Espanha, que somou 54,500 pontos em uma só fase classificatória. Esses resultados colocam as espanholas como as favoritas ao título, mas as brasileiras estão na cola, candidatas ao ouro. As chinesas são as atuais campeãs olímpicas.

1 - Prova geral = soma das duas séries realizadas na mesma fase, classificatórias ou finais
2 - Potencial = soma das duas melhores notas de cada série na temporada

Histórico de ascensão
Desde o ciclo olímpico de Paris 2024, o conjunto do Brasil está em ascensão. Em 2021, as brasileiras pela primeira vez chegaram a uma final de Mundial, em Kitakyushu, no Japão, fechando na sétima posição na prova simples (cinco bolas). Em 2022, no Mundial de Sofia, foi o quinto colocado da prova geral, melhor resultado brasileiro da história na disputa olímpica. Também na Bulgária, o Brasil beliscou o pódio com o quarto lugar da prova simples (cinco arcos).

O primeiro pódio do conjunto brasileiro no Circuito Mundial veio em 2023, um bronze na etapa de Atenas da Copa do Mundo, já na prova geral. A medalha inédita abriu caminho para o primeiro ouro por aparelhos, no Challenge de Portimão. Foram dois ouros, uma prata e dois bronzes na temporada. No Mundial de Valência, o Brasil conquistou a vaga olímpica com a sexta posição do geral e novamente foi quarto colocado da prova simples (cinco arcos), perdendo o bronze no desempate para a Itália.

Em 2024, foram mais seis medalhas no Circuito Mundial: um ouro e cinco pratas. Nas Olimpíadas de Paris, porém, uma lesão de Victoria Borges fez o conjunto verde-amarelo acabar fora da final, na nona posição, mesmo tendo sido o quarto melhor quinteto na prova simples (cinco arcos). O Brasil voltou a evoluir em 2025, com o ouro inédito da prova geral em um Challenge, depois novo ouro inédito da prova geral em etapa da Copa do Mundo.

Fator casa
A ginástica é um esporte subjetivo em que o fator casa tem tanto peso quanto o fator histórico. Nos Mundiais dos dois últimos ciclos olímpicos, as anfitriãs estiveram nos pódios do conjunto em cinco edições - Baku 2019 foi a exceção à regra. Bem avaliado no cenário internacional, vide os bons resultados do ano, o Brasil tem tudo para manter a escrita das donas da casa.

Fator experiência
É comum os conjuntos mudarem bastante de um ciclo olímpico para o outro, renovarem suas peças. O Brasil, por sua vez, manteve a base do quinteto que esteve nas Olimpíadas. Duda Arakaki, Nicole Pircio e Sofia Madeira estiveram em Paris - as duas primeiras estiveram nos Jogos de Tóquio também. Assim, o conjunto verde-amarelo é mais experiente, acostumado a lidar com grandes competições. Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha são estreantes em Mundiais, mas Mari já estava no grupo que se preparou para Paris.

Babi e Jojô de olho em finais
Nas disputas individuais, as brasileiras não figuram entre as candidatas ao pódio, mas vão brigar por finais. Bárbara Domingos, que tem dois bronzes em etapas de Challenge na carreira, tenta repetir o feito das Olimpíadas de Paris, quando foi a final do geral e terminou na 10ª posição. Ela é a única brasileira a alcançar uma decisão individual de um Mundial e tem como melhor resultado o 11º posto do individual geral e o sétimo lugar das maças, ambos em 2023 - também foi à final do individual geral em 2021, ficando na 17ª posição.

Geovanna Santos, a Jojô, esteve no conjunto do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. Migrou para as provas individuais no último ciclo olímpico e vai disputar seu terceiro Mundial em "voo solo". Foi a 21ª colocada do individual geral no Mundial de 2023, ficando entre as reservas para a final.

Neste ano, Babi teve como melhor resultado o nono lugar do geral na etapa de Milão da Copa do Mundo. Ela esteve em todos os pódios do Campeonato Pan-Americano, mas viu as americanas Rin Keys e Megan Chu tomarem o domínio do topo do pódio. Jojô foi a 10ª colocada do geral no Challenge de Cluj-Napoca, na Romênia, além de ter somado quatro medalhas no Pan. (Com ge)

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