Mato Grosso do Sul está mal na foto quando o assunto é segurança pública. No Ranking de Competitividade dos Estados 2025, o estado aparece na 19ª colocação, entre as últimas posições do país, cenário que acende o sinal de alerta e reforça o medo sentido diariamente pela população.
Um desempenho vergonhoso, que escancara a incapacidade de enfrentar a criminalidade e deixa a população à mercê do medo.
Não se trata de um dado isolado. Quem anda pelas ruas de Campo Grande ou do interior sabe bem que a violência deixou de ser exceção para virar rotina.
Assaltos em plena luz do dia, furtos que se multiplicam e a escalada de homicídios desenham um cenário de insegurança crescente, diante de um poder público que insiste em vender discursos de eficiência que não se confirmam na prática.
Enquanto outros estados avançam com tecnologia, inteligência policial e políticas integradas de prevenção, Mato Grosso do Sul segue emperrado em um modelo ultrapassado, que só reage depois que a tragédia já aconteceu. Viaturas sucateadas, efetivo policial aquém do necessário e ausência de planejamento estratégico formam um coquetel explosivo que coloca em xeque a capacidade do governo de proteger a população.
O resultado no ranking é, na verdade, o reflexo da vida real: cidadãos trancados em casa, comerciantes convivendo com a ameaça constante de assaltos e comunidades inteiras reféns do crime.
A 19ª posição não é apenas um número constrangedor, é a comprovação de que a segurança foi empurrada para segundo plano em Mato Grosso do Sul.
Se nada mudar, o estado continuará colecionando estatísticas negativas e ocupando posições vergonhosas. Segurança não pode ser tratada como discurso de campanha ou como pauta de gaveta: é obrigação básica de qualquer governo. E quando essa obrigação falha, quem paga a conta é a população, que segue desprotegida em um estado que amarga ser um dos piores do Brasil.
