O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reuniu nesta semana 58 deputados estaduais da base aliada no Palácio dos Bandeirantes para um almoço no qual sinalizou uma aliança em prol da reeleição em São Paulo em 2026.
Disse, segundo relatos de parlamentares presentes, que se sentia em dívida com os deputados, que considerava o Parlamento sócio de seu governo e que queria retribuir a cada um, trabalhando pela reeleição deles em 2026. O encontro ocorreu quarta-feira (1).
Afirmou considerar que sua taxa de aprovação, superior a 60% em São Paulo, se deve também ao trabalho feito pelos deputados na Assembleia.
Fez, então, uma espécie de prestação de contas de sua gestão para municiar os deputados a defender seu governo em suas bases eleitorais no estado.
Mencionou, por exemplo, a privatização da Sabesp, o túnel entre Santos e Guarujá e o Trem Intercidades, que vai ligar São Paulo a Campinas, além da ampliação da capacidade de investimento e das realizações em habitação e saúde.
O governador é apontado como possível presidenciável, mas tem rejeitado o papel e afirmado publicamente que tentará a reeleição. A oposição do deputado federal Eduardo Bolsonaro ao seu nome e a recuperação da popularidade de Lula são apontadas, nos bastidores, como justificativas.
A pressão sobre ele, porém, continua, vinda dos caciques do centrão e da Faria Lima, centro financeiro do país. A expectativa do grupo é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro o escolha, e ele aceite cumprir a missão. Mas, em seu entorno, há quem diga que, nem assim, ele deixaria o Bandeirantes para tentar o Planalto. (Com Blog do Caio Junqueira)