A senadora Tereza Cristina (PP-MS), eleita por Mato Grosso do Sul e reconhecida por sua influência junto ao agronegócio, voltou a ocupar papel de destaque no tabuleiro político de Brasília.
Ex-ministra da Agricultura, ela é novamente cotada como possível vice em uma chapa de oposição nas eleições presidenciais de 2026, numa estratégia articulada por lideranças do PL e de partidos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com a inelegibilidade de Bolsonaro, o campo da direita trabalha para consolidar um nome competitivo e de perfil agregador.
Nesse contexto, Tereza Cristina é apontada como uma escolha capaz de equilibrar forças entre o agronegócio, a bancada feminina e os partidos de centro, reforçando o discurso técnico e moderado da oposição.
Um dos cenários em debate prevê Tereza como vice do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele aceite disputar a Presidência. A proposta teria o aval de importantes dirigentes do PL, que enxergam na senadora sul-mato-grossense uma ponte política e eleitoral com o setor produtivo e com o interior do país.
Alternativas e disputas internas
Além da ex-ministra, Michelle Bolsonaro também é citada entre os possíveis nomes para a vice, o que reflete a tentativa da direita de manter alta visibilidade nacional e preservar o legado bolsonarista. No PP, sigla de Tereza, há outro movimento paralelo: o senador Ciro Nogueira busca consolidar uma chapa unificada da oposição com protagonismo do partido.
Apesar da projeção para 2026, Tereza Cristina também é lembrada como forte candidata à presidência do Senado em 2027, cargo que já esteve em seus planos em momentos anteriores, mas foi adiado diante das articulações da base governista.
Perfil e posicionamento político
Conhecida pelo perfil técnico e conciliador, a senadora mantém posições alinhadas a pautas defendidas pelo ex-presidente Bolsonaro, como a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, o que reforça sua sintonia com a ala conservadora e com as bancadas ruralista e cristã no Congresso.
Entre os aliados, Tereza é vista como um nome estratégico para recompor a força da oposição no Senado e garantir protagonismo ao agronegócio nas eleições de 2026. Sua trajetória a coloca como uma das principais lideranças nacionais do PP, com trânsito em diversos campos políticos e reconhecimento técnico no Brasil e no exterior.