Próximo de finalizar sua primeira temporada completa como profissional, João Fonseca atingiu a sua melhor colocação no ranking — 28º lugar — após o inédito título em um torneio ATP 500, de Basileia, na Suíça.
Por mais que a precocidade do feito chame a atenção, a expectativa em cima do carioca de 19 anos sempre foi alta no cenário internacional. Prova disso é que o italiano Jannik Sinner, número 2 do mundo, afirmou, em janeiro, que o jovem tenista terminaria o ano “dentro do top 25”.
Se a previsão soou um tanto quanto otimista naquele momento, Fonseca dá sinais de que ainda tem margem para evoluir e subir posições. Ele volta a entrar em quadra hoje às 8h30 (de Brasília), em sua estreia no Masters 1000 de Paris, na França, diante do canadense Denis Shapovalov.
Fruto de seus resultados e desempenho dentro da quadra, João deixou de ser uma novidade e passou a ser mais visado no circuito. Diante de eliminações precoces na segunda metade da temporada, ele sentiu fisicamente a intensidade dos jogos e do calendário, apresentando uma oscilação até certo ponto natural por conta de sua idade. Mesmo assim, a queda de rendimento já foi suficiente para gerar questionamentos, principalmente nas redes sociais, sobre a continuidade da parceria com o seu treinador, Guilherme Teixeira.
Além de não esconder a necessidade de trabalhar o aspecto físico para bater de frente com os melhores do mundo, João e sua equipe sabem a importância de equilibrar o seu ponto mais forte desde a sua formação: o instinto ofensivo. Ao mesmo tempo em que é conhecido por ser um tenista extremamente talentoso e ter uma direita explosiva, ele pagou o preço da juventude com uma coleção de erros não forçados e precipitações em pontos decisivos. No entanto, o amadurecimento veio até mais rápido do que o esperado.
Fruto de seus resultados e desempenho dentro da quadra, João deixou de ser uma novidade e passou a ser mais visado no circuito. Diante de eliminações precoces na segunda metade da temporada, ele sentiu fisicamente a intensidade dos jogos e do calendário, apresentando uma oscilação até certo ponto natural por conta de sua idade. Mesmo assim, a queda de rendimento já foi suficiente para gerar questionamentos, principalmente nas redes sociais, sobre a continuidade da parceria com o seu treinador, Guilherme Teixeira.
Além de não esconder a necessidade de trabalhar o aspecto físico para bater de frente com os melhores do mundo, João e sua equipe sabem a importância de equilibrar o seu ponto mais forte desde a sua formação: o instinto ofensivo. Ao mesmo tempo em que é conhecido por ser um tenista extremamente talentoso e ter uma direita explosiva, ele pagou o preço da juventude com uma coleção de erros não forçados e precipitações em pontos decisivos. No entanto, o amadurecimento veio até mais rápido do que o esperado.
Além de iniciar melhor os pontos com ou sem o serviço, Sylvio observou que o brasileiro passou a girar mais a bola tanto na direita quanto na esquerda para aguentar as trocas no fundo da quadra. Diante do espanhol Jaume Munar, na semifinal do torneio suíço, ele “foi mais exigido mentalmente, mas demonstrou paciência e discernimento para escolher a hora certa de atacar e defender”.
Calendário desgastante
Antes de brilhar na Suíça, João tomou, junto à sua comissão técnica, uma decisão complicada, mas que faria diferença nesta reta final da temporada: ficar fora da gira asiática e, consequentemente, do Masters 1000 de Xangai, na China, no início de outubro. Ao optar por ter mais dias de treinamento e descanso em casa, o carioca sentiu a falta de ritmo quando voltou às competições com uma derrota em sets diretos para o holândes Botic van de Zandschulp, no ATP 250 de Bruxelas, na Bélgica. Por outro lado, colheu frutos do que seria uma semana “jogada fora”.
— A cada torneio, há três, quatro, cinco desistências, jogadores se machucando e sem aguentar o ritmo. Em Basileia, foram quatro ou cinco desistências, e muitos não conseguiram terminar seus jogos por causa do desgaste físico. Se para jogadores mais velhos, já maduros e formados fisicamente, a rotina é complicada, imagine para um garoto que acabou de fazer 19 anos, disputando seu primeiro ano completo no circuito — ressalta o comentarista.
Chave difícil
Se João também contou com a sorte de duas desistências de adversários (Jakub Mensik e Denis Shapovalov) em seu primeiro troféu de ATP 500, o brasileiro tem pela frente um caminho indigesto no Masters 1000 de Paris. Caso contenha a sede de vingança de Shapovalov, ele deve ter o russo Karen Khachanov (14º) na segunda rodada e, em seguida, pode ter pelo caminho o australiano Alex de Minaur (6º).
Ciente da dificuldade de vencer um torneio e manter o nível logo na semana seguinte, Sylvio enxerga que o desempenho de João na capital francesa "não mudará em nada o trabalho que vem sendo feito, e qualquer resultado é lucro". Afinal, o jovem tenista já mostrou que está no caminho certo. (Com O Globo)