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Política

Lula dobra gastos com propaganda digital e amplia uso de influenciadores 

Secom investe R$ 69 milhões na internet, 110% a mais que no ano anterior, e muda foco das campanhas oficiais

Conjuntura Online
08/10/25 às 09h24
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Lula expande gastos em publicidade. (Foto: Reprodução)

Os gastos do governo Lula com propaganda na internet mais que dobraram em 2025, impulsionados pela proximidade das eleições municipais e por uma estratégia de ampliação do alcance digital.

Segundo levantamento divulgado pelo g1, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) destinou R$ 69 milhões para ações publicitárias online desde janeiro — um aumento de 110% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram gastos R$ 33 milhões.

A nova abordagem da Secom prioriza o uso de influenciadores digitais e campanhas segmentadas nas redes sociais, com o objetivo de romper a barreira de comunicação e melhorar a percepção do governo em temas de repercussão negativa, como a crise do Pix, o aumento dos preços dos alimentos e denúncias de roubo nas contas dos aposentados e pensionistas do INSS.

Durante a gestão do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), em 2024, o governo destinava 13,76% do orçamento publicitário ao meio digital.

Com a chegada de Sidônio Palmeira ao comando da Secom, em janeiro de 2025, essa fatia subiu para 25%, representando uma mudança de foco em relação à administração anterior, que priorizava rádios de cidades pequenas e televisão.

O novo secretário também reforçou os investimentos no segmento cinematográfico, que passou de R$ 1,1 milhão para R$ 2,1 milhões, um aumento de 93%.

O impulso coincidiu com a vitória inédita do Oscar pelo filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, que recebeu os parabéns do presidente Lula em ligação telefônica.

Estratégias digitais e contratação de influenciadores

As campanhas digitais do governo são desenvolvidas pelas quatro agências de publicidade contratadas pelo Palácio do Planalto, que ficam responsáveis por selecionar e gerenciar influenciadores.

Cada ação costuma pagar cerca de R$ 20 mil por criador de conteúdo, com foco em influenciadores de médio porte e públicos segmentados, especialmente fora da base tradicional do PT, alcançando eleitores de centro e centro-direita.

Uma das iniciativas recentes contou com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que respondeu a perguntas de influenciadores do setor financeiro em formato de entrevista digital. Outras campanhas foram direcionadas à base de apoio do governo, buscando reforçar a imagem positiva do Planalto nas redes. (Com agência nacionais)

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