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Política

Servidor do INSS negociou imóvel de R$ 28 milhões em Balneário Camboriú

Imóvel na Senna Tower foi reservada por Thaisa Hoffmann, mulher do ex-procurador do INSS Virgílio Filho, alvo da Operação Sem Desconto

Conjuntura Online
08/10/25 às 08h10
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Servidor do INSS negociou imóvel de R$ 28 milhões. (Foto: Reprodução)

A mulher de um servidor público investigado na “Farra do INSS” reservou para compra um apartamento de R$ 28 milhões na Senna Tower, um prédio em Balneário Camboriú (SC) que é apresentado como “o maior do mundo” pelos incorporadores.

Thaisa Hoffmann Jonasson é casada com o ex-procurador-geral do INSS Virgílio Filho, um dos investigados na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.

O fato de Thaisa Hoffmann ter reservado um imóvel de R$ 28 milhões sugere que os ganhos dela e de Virgílio Filho foram ainda maiores do que se sabe até agora.

Uma investigação da Controladoria-Geral da União menciona um “acréscimo patrimonial” de Virgílio Filho da ordem de R$ 18 milhões.

A reserva foi formalizada por meio de um “termo de reserva” em 5 de novembro do ano passado. Thaisa pretendia comprar o apartamento 7001. No entanto, em 3 de julho deste ano, a construtora pediu à Justiça o cancelamento da reserva. Os incorporadores temiam o “risco iminente de constrição judicial do imóvel”. Na ação judicial, a incorporadora afirma ainda que a própria Thaisa desistiu do negócio.

Enquanto isso, Virgílio Filho atuava em favor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), ao autorizar o “desbloqueio” em massa dos benefícios de aposentados, de modo a permitir os descontos. A decisão de Virgílio em favor da Contag contrariou os procedimentos usuais do INSS e a manifestação da área técnica do órgão.

Documentos sigilosos encaminhados à CPMI do INSS mostram também que Thaisa Hoffmann comprou três imóveis à vista entre 2022 e 2024: um apartamento e uma sala comercial em Curitiba, onde ela vive, e outro apartamento em Brasília, às margens do Lago Paranoá, em região próxima ao Palácio da Alvorada.

A coluna tenta contato com Virgílio Filho e com Thaisa Hoffmann desde segunda-feira (6/10), por e-mail e por mensagem de texto, mas não houve resposta. O espaço segue aberto. Em nota, a Contag afirmou que nunca pagou vantagens indevidas a nenhum integrante da administração pública.

De acordo com as investigações, Virgílio recebeu pelo menos R$ 11,9 milhões de empresas pertencentes a investigados na “Farra do INSS”, esquema de descontos ilegais em benefícios de aposentados revelado pelo Metrópoles.

Virgílio, servidor de carreira da AGU (Advocacia-Geral da União), exerceu o cargo de procurador-geral do INSS em dois períodos: de 16 de abril de 2020 a 1º de junho de 2022 e novamente de 29 de setembro de 2023 até ser afastado judicialmente em 23 de abril de 2025. (Metrópoles)

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