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Política

Operação em Bonito prende esposa de vereador por suspeita de corrupção

Ação do MP investiga suposta organização criminosa que fraudava licitações e contratos públicos no município

Conjuntura Online
07/10/25 às 21h38
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Luciane Cintia Pazette está entre os alvos da Operação. (Foto: Divulgação)

Uma operação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) colocou o município de Bonito no centro de um escândalo de corrupção.

Deflagrada nesta terça-feira (7), a Operação Águas Turvas, conduzida pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção, resultou na prisão de Luciane Cíntia Pazette, diretora do Departamento de Licitações da Prefeitura e esposa do vereador em exercício Pedro Aparecido Rosário (PSDB), conhecido como Pedrinho da Marambaia.

Luciane foi detida junto com outros dois servidores municipais, Edilberto Cruz Gonçalves, secretário de Finanças e Administração, e Carlos Henrique Sanches Corrêa. Segundo o MPMS, os três são investigados por fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A prisão preventiva foi confirmada em ofício encaminhado pelo próprio Gecoc à Delegacia de Polícia Civil, que determinou a apresentação dos presos à 1ª Promotoria de Justiça de Bonito ainda na tarde desta terça-feira, para interrogatório e formalização dos autos.

Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em outra frente da operação, Luiz Fernando Xavier Duarte foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Uma pistola calibre .380 foi encontrada em sua residência. Ele foi liberado após pagamento de fiança de R$ 2 mil, mas continua sob investigação no mesmo inquérito.

A investigação aponta que o grupo atuava desde 2021, direcionando editais e concorrências públicas para beneficiar empresas específicas, em troca de vantagens ilícitas. O valor dos contratos suspeitos já ultrapassa R$ 4,3 milhões, conforme dados apurados pelo Ministério Público.

A Operação Águas Turvas recebeu esse nome em referência ao contraste entre a transparência comprometida dos atos administrativos e as águas cristalinas que simbolizam Bonito, um dos principais destinos turísticos do país.

A reportagem entrou em contato com o gabinete do vereador Pedro Aparecido Rosário, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

O processo tramita sob sigilo judicial, e o MPMS informou que novas informações serão divulgadas após a conclusão dos interrogatórios e das análises das provas coletadas durante a operação.

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