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Política

Apontada como eleitoreira, isenção do IR aguarda análise no Senado

Sem relator definido na Casa, texto precisa ser aprovado ainda neste ano para entrar em vigor em 2026

Conjuntura Online
06/10/25 às 04h41
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Proposta deve ser analisada pela Comissão de Assuntos Econômicos. (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)

A proposta que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil segue para análise no Senado Federal, após ser aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada.

O texto, no entanto, enfrenta fortes críticas da oposição, que vê na medida um caráter eleitoreiro, lançada sob o clima de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo parlamentares contrários ao projeto, a iniciativa pode abrir um rombo bilionário nas contas públicas, principalmente em estados e municípios, que têm parte de suas receitas vinculadas ao repasse do IR.

Governadores e prefeitos também demonstram preocupação com o impacto da renúncia fiscal sobre serviços essenciais, como saúde e educação.

Antes de ir a plenário, a proposta deve passar pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O colegiado aprovou anteriormente um texto alternativo, elaborado pelo próprio Renan, o que gerou atritos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Rival político, Lira acelerou a tramitação na Câmara, conseguindo aprovar o texto do governo e impedir que a oposição ampliasse a faixa de isenção para R$ 10 mil, sem previsão de compensações.

Para entrar em vigor em 2026, como deseja o Planalto, a medida precisa ser aprovada no Senado e sancionada ainda neste ano. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que não haverá mudanças no texto vindo da Câmara. “Esperamos uma tramitação rápida, com a mesma aclamação obtida entre os deputados”, declarou.

A equipe econômica defende que a nova faixa até R$ 5 mil é fiscalmente responsável, sustentada por uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendas acima de R$ 50 mil mensais. Ainda assim, especialistas alertam que a renúncia pode desbalancear o pacto federativo, reduzindo a capacidade financeira de estados e prefeituras, e ampliando a pressão sobre os cofres públicos em ano pré-eleitoral.

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